O que devemos dizer aos nossos filhos? Como comunicar de forma eficaz?
Dez coisas ou expressões que podemos e devemos dizer aos nossos filhos
Ser pai ou mãe não trás livro de instruções. De qualquer forma e através da lidação que vamos tendo com os nossos filhos, apercebemo-nos do que deveremos e podemos dizer certas coisas que são fundamentais para o desenvolvimento efetivo das crianças. Sem medo, devemos dizer e repetir.
Os tempos mudaram e com eles igualmente a forma de educar as nossas crianças. Antigamente os pais eram muito mais severos no tratamento com os filhos. Hoje, as nossas crianças podem expressarem o que sentem, sabendo porém, que a ultima palavra é sempre do educador, mas estimulamos o diálogo, embora tenhamos que ser firmes.
Não: A palavra "não" é direta e objetiva e representa a negativa sem lugar a discussão. Não podemos dizer não e a seguir irmos fazer ou permitir o que atrás negámos. O não quando bem aplicado tem um efeito eficaz e incontornável na vida das crianças. É claro que não podemos dizer não a tudo, mas situações existem que não são negociáveis, e alguns comportamentos igualmente inconcebíveis e inaceitáveis. Assim, o não deve ser firme e pronunciado sem medo, quando as condições não são favoráveis e tendem a ficar fora do nosso controle.
Sim: Contrariamente à palavra não o Sim significa e representa a aceitação e a permissão. Transmite a nossa aceitação e acima de tudo a confiança à criança, ao mostrarmos que estamos de acordo em certas situações. No entanto, da mesma forma que o não tem o seu lugar o sim também ocupa um lugar especifico. A titulo de ex: se o seu filho estiver numa festa e pedir para comer guloseimas e refrigerantes ou lanches recheados de açúcar ou sugos, sendo uma situação esporádica, podemos autorizar, na certeza porém, que será uma vez sem exemplo.
A criança tem que perceber, por isso devemos ser firmes, que o que pediu para comer constituí uma vez sem exemplo, pelo que ainda que lhe peça novamente, já sabe que a resposta será negativa. Devemos igualmente utilizar o sim de forma inteligente, para que haja uma diferença clara e inequívoca entre uma e outra palavra. Tanto uma como outra são boas formas disciplinares de impor o que se pretende.
Ou: Nestas circunstâncias, nem tudo é sim e nem tudo é não. Por vezes acontecem coisas intermédias que carecem de opções. Há pois que fazer com que as crianças possam participar e que se sejam dadas opções de escolha. Por exemplo, suponhamos que o seu filho quer ir ao cinema e depois à piscina e à festa dos coleguinhas da escola. Aí terá que lhe dar a escolher. Ou ele escolhe uma das 3 opções, mas sempre com a sua autorização. Mostrar que não pode ter as 3 opções e que saber escolher é um passo para o seu desenvolvimento e para a sua autonomia. Escolher o que mais lhe convém ou dá prazer e escolher em consciência.
A mãe não sabe: É verdade que a mãe não sabe, porque a mãe não é omnipresente nem omnipotente. Mesmo sendo pais e mães não temos super poderes para sabermos e nos apercebermos de tudo a todo tempo. No entanto, se o seu filho lhe perguntar certas coisas que não sabe, responda com sinceridade que realmente não sabe.
Se lhe perguntarem algo que não tenha a menor ideia, pode responder que não sabe, mas pode dizer ao seu filho que podem procurar juntos a resposta e assim dará oportunidade ao seu filho a fazer algo em conjunto e espicaçar a curiosidade do seu filho. Levá-lo a participar de algo que ambos desconhecem a resposta. Devemos admitir que não sabemos, porque não sabemos tudo, e deixar os nossos filhos nos acompanharem na busca pela resposta, é mais um degrau que ambos subimos na escada da aprendizagem.
Agora não é a melhor altura para falarmos disso: Sempre que pensar que se encontra aborrecido(a) ou que vai explodir, ou que pode até nem dizer o que o seu filho precisará de ouvir com sinceridade, o melhor mesmo é não responder, ou melhor dizer que não é a melhor altura para falarem do problema ou da situação. O seu filho não irá pensar que deixou de gostar dele, e aguardará a sua vez, até que possa falar com ele com calma. Seja sincera(o) e honesta(o) e diga-lhe que está aborrecida(o) e que não é o melhor momento para falar, a criança irá compreender. Mas não vale gritar, ou responder de mau modo, porque a criança irá pensar que está aborrecida(o) com ele, e aí sim tudo se complica.
Desculpa: Ora aí está uma palavra mágica que pode ser usada com reciprocidade. Tanto funciona de nós para eles, como deles para nós. Não é nenhuma vergonha os pais pedirem desculpa aos filhos se acharem que por alguma razão foram exagerados no que responderam, ou se se exaltaram em demasia, e que houve algum descontrole da nossa parte, que também acontece.
Ninguém é perfeito e todos temos os nossos momentos. Saber reconhecer que se errou e pedir desculpa, é um ato que transmite empatia, solidariedade e alivia a culpa, para ambas as partes. Precisamos de saber pedir desculpa e de saber perdoar, não nos diminui, antes pelo contrário, é um sinal de respeito.
Obrigado: Outra palavra com efeito mágico. Saber nos pormos no lugar do outro, porque todos somos atores e espetadores. A gratidão, deveria reger a convivência social. Quando o seu filho fizer de livre e espontânea vontade qualquer tarefa de casa, como pôr a mesa ou ir despejar o lixo, arrumar o quarto ou os brinquedos, devemos agradecer. Quando se comportar bem ou que aprendeu algo, também devemos agradecer. Devemos agradecer o que os nossos filhos fazem de bom e o que são para nós, assim como eles nos devem agradecer, quando lhe oferecemos alguma coisa ou nos predispomos a levá-los onde gostam de ir e principalmente se isso for inesperado.
O que pensas disto? Fazer com que o seu filho se sinta membro integrante da família, mesmo que ainda não tenha muita experiência nem saiba muito bem como as coisas funcionam. Nessas circunstâncias e apesar do seu desconhecimento das coisas, isso não quer dizer que não tenham uma opinião ou que tenham falta de personalidade. Não podemos pensar que nós, e só nós é que somos donos da verdade, e subestimarmos a opinião dos nossos filhos. Sempre que o seu filho vier conversar consigo, pergunte-lhe diretamente o que acha da professora, da escola e dos colegas, ou das aulas de hipismo, de música ou do que faz nos tempos livres. Isso faz com os laços se estreitem entre a família, e permite que a criança veja que os pais se preocupam com ela, e que possibilita que desenvolva a sua autonomia e a forma própria de ver o mundo. Afinal a minha família preocupa-se com o que eu penso acerca deste ou daquele assunto, ou situação. EU CONTO!!!
Ajuda-me: Todos precisamos de todos. Ninguém vive sozinho, pelo que pedir ajuda não é um desmereço para ninguém. Existem várias formas de pedir ajuda e todas trazem benefícios relevantes para as relações entre pais e filhos. Pedir ajuda pode significar que arrumem os brinquedos, que arrumem a roupa, os livros que se encontram espalhados ou que ponham a mesa ou que levem o lixo. Todos precisamos de ajuda em dado momento, pelo que se tivermos que pedir ajuda aos nossos filhos, não é nenhum desmerecimento, antes pelo contrário, significa que existe compreensão e entreajuda e que todos são parte integrante de um todo, a família. Se todos fizerem a sua parte, sobrará tempo para fazerem todos coisas em conjunto!
Amo-te, Gosto de ti até à lua e voltar: Aqui não há necessidade de explicar nada, Devemos dizer quantos vezes forem necessárias e nos der prazer dizer, bem alto e bom som. É ótimo para quem o diz e inestimável para quem ouve. Estabelece uma maior riqueza nas relações e os nossos filhos, agradecem.