Advertisement

Jerónimo Martins na Polónia é multado em 163 milhões de euros

A Jerónimo Martins, está presente também na Polónia, com a rede de supermercados Biedronka, e acabou por ser multada, naquele país, em cerca de 163 milhões de euros.


A multa foi aplicada por alegadamente "impor descontos de forma arbitrária", principalmente a fornecedores de frutas e produtos agrícolas, já depois da entrega dos produtos, ou seja, após adquirir os produtos, a empresa estipulou qual o preço que pretendia pagar, exigindo assim um desconto no valor.

De acordo com a acusação, divulgada a 14 de dezembro, a Jerónimo Martins foi beneficiado em 135 milhões de euros, com estas práticas abusivas de descontos, que, nos casos mais extremos, ultrapassam 20% do volume de negócios gerados, e ainda prejudicou mais de 200 produtores.

Segundo a Autoridade da Concorrência e Defesa do Consumidor, explica que "o proprietário da Biedronka, solicitava uma redução da remuneração medicante a concessão de um desconto adicional", acrescentando ainda que, devido ao poder que esta marca tem no mercado "os fornecedores aceitavam estes descontos desfavoráveis, temendo que o fim da cooperação pudesse significar perdas financeiras ainda maiores".

Pior que esta situação, é o facto de estes descontos adicionais não resultarem em preços mais baixos para os clientes da rede de supermercados na Polónia, sendo então acusada de "uso do poder de mercado pela rede comercial", de "práticas que destroem as bases da concorrência leal" e que "são uma manifestação de profunda desonestidade e desrespeito" por outros agentes económicos.

A Jerónimo Martins, informou ainda na mais recente apresentação de contas, que, a rede de supermercados Biedronka, terminou os primeiros 9 meses de 2020 com uma subida de vendas de 7,3% que se traduziu em 9,9 mil milhões de euros. 

Esta já é a segunda multa aplicada à Jerónimo Martins na Polónia, em poucos meses, depois de ter sido multado em 26 milhões, em agosto, por praticar preços diferentes dos expostos nas prateleiras, tendo justificado na altura que aqueles preços incorretos se deviam a "erro humano".