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O que dizem os estudos científicos sobre a hidratação na terceira idade?

Água fonte de vida para todas as pessoas que querem um corpo saudável e equilibrado


Os especialistas dizem que à medida que vamos envelhecendo há mais necessidade de beber água e aqui a hidratação assume um papel importante, pelo que beber água torna-se vital para a saúde em qualquer idade e muito particularmente na terceira idade.

No processo de envelhecimento, o corpo precisa de mais hidratação pelo que beber mais água, significa mais saúde, uma vez que a água ajuda a compensar as mudanças na regulação da temperatura corporal.

A desidratação pode desenvolver uma série de doenças, incluindo dores musculares, fadiga e exaustão pelo calor.

O incentivo da hidratação na idade sénior, mesmo quando não se está com sede, mas por outro lado deve-se limitar o consumo de refrigerantes, café e álcool, que podem causar desidratação.

À medida que vamos envelhecendo, beber mais água é essencial.

Esse é o conselho de um novo estudo publicado no The Journal of Physiology.

Os pesquisadores da Universidade de Ottawa indicam a hidratação como peça fundamental para o regular da temperatura corporal e ajudar a combater uma série de outros problemas de saúde.

Os mesmos pesquisadores informam que a desidratação não reduz a perda de calor ou aumenta a temperatura corporal em adultos mais velhos durante o exercício físico, como acontece com os mais jovens, o que pode parecer superficialmente uma resposta benéfica a considerar.

Isso significa que, quando os idosos se exercitam, seus corpos não conseguem ajustar a taxa de perda de suor para evitar uma maior desidratação.

Resultado disso é uma maior pressão sobre o coração, evidenciado por um aumento mais acentuado da frequência cardíaca em comparação com as pessoas mais jovens.

O estudo elaborado incluiu homens mais velhos, embora os resultados apontassem para todos os adultos mais velhos como afetados.

Este é um estudo interessante, pois oferece novos insights sobre mudanças fundamentais relacionadas à idade em nossa fisiologia, disse o Dr. Scott A. Kaiser , geriatra do Centro de Saúde Providence Saint John em Santa Monica, Califórnia.

Embora as mudanças na regulação do calor corporal, suor, hidratação e sede que tendem a ocorrer com a idade estejam bem estabelecidas, este estudo investiga profundamente as mudanças específicas dos mecanismos subjacentes. Em particular, as mudanças em resposta à desidratação e ao calor com a prática de exercício.

Neste momento, continuamos a aprender coisas tão fundamentais sobre como nossos corpos sofrem alterações com o avanço da idade.

Devido ao envelhecimento da nossa população - com um ganho de 30 anos na expectativa de vida no último século, cerca de 10.000 (jovens) completando 65 anos todos os dias e taxas de natalidade em declínio - aproximamo-nos na primeira vez na história da humanidade - em que a nossa população terá mais indivíduos com mais de 65 anos do que com menos de 18 anos. É por isso necessário que continuemos a investigação, e a nossa compreensão referente à fisiologia fundamental do envelhecimento. 

Uma sensibilidade reduzida em idosos à osmolalidade sanguínea elevada poderia explicar o efeito da desidratação na perda auditiva e na regulação da temperatura corporal em adultos mais velhos durante o exercício e em maior calor.

Porque a temperatura corporal é importante?

Os pesquisadores descobriram que, ao contrário de jovens adultos, a regulação da temperatura corporal em indivíduos mais velhos não foi influenciada pelo aumento de salinidade no sangue.

A regulação menos eficiente da temperatura corporal contribui para um maior risco de exaustão pelo calor, insolação e problemas cardíacos adversos.

Tratando-se  de indivíduos da terceira idade, há algumas coisas que precisamos relembrar, disse o Dr. Nodar Janas , diretor médico do Centro de Reabilitação e Enfermagem do Upper East Side em Nova York. 

À medida que envelhecemos, o centro de sede - que se encontra localizado no hipotálamo - não está tão ativo quanto anteriormente, então o cérebro nem sempre dá o sinal de que precisamos beber água.

 Há toda a necessidade de fazer um esforço extra para garantir que os idosos consumam quantidades adequadas de líquidos, estejam com sede ou não. 

A mesma fonte informa - Se uma pessoa idosa fica desidratada, um dos primeiros órgãos a sofrer são os rins, que podem causar insuficiência renal aguda. A desidratação também cria desequilíbrios eletrolíticos, que podem ser fatais.

Outro ponto que vale a pena mencionar é que quando envelhecemos ficamos com menor tolerância ao frio. No processo de envelhecimento, há uma maior preferência por temperaturas mais quentes, o que pode acarretar uma transpiração excessiva, e sem a perceção exata de que se está a sofrer desidratação.

Estar consciente que se envelheceu

O Dr. Rand McClain , fundador da Regenerative & Sports Medicine em Santa Monica, Califórnia,  afirma  que existe realmente um problema particular entre os mais velhos, especialmente os homens, quando se trata de desidratação: não estão cientes ou eventualmente não aceitam que o seu corpo mudou com a idade.

Pensam que se fizeram toda a vida da mesma forma não há necessidade de mudar, e tendem a ignorar os sinais de desidratação e das doenças relacionadas com o calor, porque, e à semelhança do que aconteceu no passado, não é representativo da sua nova condição de homens mais velhos.

Isto também acontece porque a maioria destas pessoas nunca foi confrontada com os sintomas graves associados à desidratação.

Hoje existem ambientes com ar condicionado, e bebidas em pontos de venda e/ou bebedouros que se encontram com facilidade, no entanto, as pessoas em geral vivem desidratadas devido ao uso e ao consumo de bebidas diuréticas e ainda café, chá e refrigerantes à base de cafeína e álcool.

McClain afirma que temos tendência a “secar” à medida que envelhecemos, pois a composição da nossa água no corpo pode mudar de cerca de 70% para 50%.

A agua é um liquido vital para que todo o nosso corpo funcione em perfeitas condições e da melhor forma possível. Embora possamos passar muito tempo sem comer, quanto a ficar sem beber água, é somente por apenas alguns dias.

Ainda que estando ligeiramente desidratados, (98%) do nosso estado normal de hidratação, a falta de água pode afetar um indivíduo de forma negativa e até reduzir o seu desempenho atlético e de seus órgãos.

Como nos devemos hidratar?

A Dra. Nicole Avena , professora assistente de neurociência da Escola de Medicina Mount Sinai em Nova York, indica que a desidratação pode causar outros problemas, como fadiga e fraqueza muscular.

Num estudo efetuado em 2015, descobriu-se que 37% das pessoas com mais de 65 anos de idade que por alguma razão tiveram que se deslocar às urgências dos hospitais, apresentavam evidências (sinais) de desidratação.

Nenhum liquido por mais benéfico que possa ser, pode substituir a água. A água consumida pura é o melhor hidratante que o corpo necessita, porque não tem que processar açúcares, conservantes, aditivos ou outros, com ingredientes que não aportam nenhum beneficio para a saúde e que antes pelo o contrário o prejudicam.

O consumo de água, e a hidratação são difíceis para muitas pessoas apreciarem porque a água não tem valor nutricional, o palato não se altera, sem cor ou cheiro.

Outros sintomas de desidratação que se encontram associados, incluem micção escura ou pouco frequente, pele e lábios secos, cãibras musculares (especialmente nas pernas, pés e mãos), pressão arterial baixa, frequência cardíaca elevada, fadiga e "mal-estar geral", para além de evacuações fecais mais difíceis, pela falta de ingestão de água, que ajuda o organismo a livrar-se naturalmente de bactérias e toxinas, para o manterem mais saudável e equilibrado.