
Contudo, antes da manifestação ter início, a direção regional de Braga do CESP (Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal), acusou a empresa de não respeitar o direito à greve dos trabalhadores.
De acordo com o CESP, “com o receio esperado do impacto da luta dos trabalhadores neste armazém e o não abastecimentos das lojas”, o Lidl recorreu à Work Permit, uma empresa de trabalho temporário, para contratar cinco trabalhadores. Os novos funcionários entraram no serviço a 3 de agosto e “não lhe foi dado a conhecer o plano de contingências” e “espanta-se, que estes novos trabalhadores estão a desempenhar as mesmas tarefas dos trabalhadores Lidl efetivos e sem qualquer medida de distanciamento”.
Em causa da manifestação os trabalhadores do Entreposto norte do Lidl exigem um vínculo efetivo para cada posto de trabalho permanente e acusam a rede de retalho de “não respeitar os seus trabalhadores”, de investir “gradual e fortemente na precariedade destes seus trabalhadores”, muitos dos quais “auferem salários bem inferiores ao Salário Mínimo Nacional e vivem abaixo do limiar da pobreza”.
O CESP acusa ainda o Lidl de investir milhões de euros por ano em publicidade e campanhas de marketing, camuflando aos olhos de todos os portuguesas a dura realidade que vivem estes trabalhadores do Lidl.
O aumento dos salários de todos os trabalhadores, a negociação do caderno reivindicativo e a resolução de uma série de outros problemas estão também em cima da mesa neste processo de luta.